Eleições impulsionam faturamento de gráficas em 2024, revela pesquisa da ABIGRAF

Eleições impulsionam faturamento de gráficas em 2024, revela pesquisa da ABIGRAF

07/10/2024 0 Por Redação

A Associação Brasileira da Indústria Gráfica (ABIGRAF) acaba de divulgar os resultados da pesquisa “O impacto das eleições na Indústria Gráfica 2024”, apontando um cenário positivo para o setor durante o período eleitoral. De acordo com o levantamento, realizado entre 19 de setembro e 2 de outubro, metade das gráficas que produziram materiais de campanha registraram um crescimento médio de 20% em seus faturamentos. Além disso, 20,7% das empresas relataram aumentos entre 21% e 30%, enquanto 8,6% delas superaram os 30% de crescimento.

O estudo envolveu estabelecimentos de diversos portes em todo o Brasil, destacando que os tradicionais “santinhos” foram o material de campanha mais solicitado, presente em 93,1% das gráficas. Também tiveram grande demanda os folhetos (84,5%), colinhas (69%) e preguinhas, além de cartazes, adesivos e bandeirolas.

Geograficamente, São Paulo liderou com quase metade das gráficas participantes (49,4%), seguido pelo Rio Grande do Sul (17,3%) e Santa Catarina (7,7%). O estudo também revelou que 37,2% das gráficas estavam diretamente envolvidas na impressão de materiais eleitorais.

Mão de obra temporária e impacto digital

Apesar do crescimento de faturamento, o impacto nas contratações temporárias foi discreto. Apenas 16,7% das gráficas contrataram mão de obra adicional para o período, principalmente para o setor de acabamento (80,8%). O aumento nas equipes variou entre 10% e 50%, dependendo da demanda.

Embora o material impresso seja considerado tão ou mais confiável para os eleitores, 55,2% dos entrevistados notaram que muitos políticos estão migrando suas campanhas para as plataformas digitais, o que traz novos desafios para a indústria gráfica.

A pesquisa da ABIGRAF oferece uma visão detalhada de como o setor gráfico está se adaptando às mudanças do mercado e da política, em um momento em que as campanhas eleitorais ainda impulsionam, mas já não dominam, o faturamento das gráficas no Brasil.